Referenciação à Consulta de Pediatria pelos Cuidados de Saúde Primários

Autores

  • Cátia Oliveira Matos USF Espinho
  • Joana Santos UCSP Barão do Corvo
  • Sílvia Sacramento UCSP Sul
  • Hugo Braga Tavares Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho
  • Rosa Arménia Campos Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho

DOI:

https://doi.org/10.35323/revadso.46201651

Resumo

Introdução: Uma das competências nucleares do médico de família é a “Gestão em Cuidados de Saúde Primários” e o processo de referenciação surge como uma ferramenta importante.

Objectivo: Avaliar a qualidade da referenciação do médico de família à consulta externa de pediatria do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho.

Métodos: Estudo descritivo, realizado entre 2/2013 e 10/2013. População: indivíduos ≤18 anos referenciados à consulta de pediatria através do programa ALERT® P1, com consulta marcada entre 01/05 e 30/09/2013. Fonte de dados: pedido de referenciação e questionário de avaliação da qualidade da referenciação. Avaliámos vários critérios de qualidade e analisámos os dados através de estatística descritiva.

Resultados: Obtivemos 148 avaliações válidas de pedidos de referenciação de um total de 420 consultas efetivadas no período de estudo (adesão de 36,4%). A população tinha em média 7,7 anos e 52,0% eram do género masculino. As áreas com mais pedidos avaliados foram Imunoalergologia (25,7%) e Desenvolvimento (15,5%). A qualidade global foi considerada má em 14,0%; a terminologia foi considerada pertinente em 83,0% e adequada em 87,0%. A concordância entre prioridades atribuídas pelo médico de família e triador foi de 92,6%. Houve concordância maioritária quanto à necessidade de pedido de exames complementares de diagnóstico.

Discussão: O processo de referenciação é importante e complexo, devendo traduzir uma eficaz articulação entre os Cuidados de Saúde Primários e os Secundários. Continua a ser necessário criar protocolos de referenciação, com uniformização de critérios de prioridade e definição das situações que merecem algum estudo complementar prévio. 

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Publicado

2016-09-07

Edição

Secção

Investigação